Somos uma Máquina de Fazer Dinheiro

Quando a gente sai do mundo corporativo e parte para o empreendedorismo, temos a falsa sensação de que trabalharemos menos, teremos mais tempo e liberdade. A verdade é que existe um longo caminho a percorrer antes de conseguir ESSA TAL LIBERDADE. No início de novo negócio, ou projeto, nós precisamos nos dedicar muito mais. Afinal, o empreendedor não tem salário no final do mês, se não trabalhar. Para ter sua renda mensal, é preciso planejar, acumular funções, superar medos, assumir riscos, plantar, semear e, então, colher os frutos do suor do seu trabalho.

Em geral, quem sai de um emprego formal para montar um negócio próprio, por qualquer motivo que for, sai de uma escala de trabalho de 8 por 16 (oito horas de trabalho, com dezesseis horas de descanso), para uma escala conhecida como 24 por 7 (trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana). Ou seja, um empreendedor ou empresário acaba trabalhando em todos os momentos da sua vida e essa história de ‘ter mais tempo’ é muito relativa. É lógico que descansamos, dormimos, nos alimentamos, cuidamos da nossa saúde física e mental, temos nossa vida social, nossos momentos de lazer, em família e tal, mas como já dizia o velho ditado, “o olho do dono é que engorda o gado”; ou seja, o nosso negócio só acontece, dá frutos e lucro, quando estamos de olho e trabalhando em prol dele.

Empreender sozinho é acumular uma série de funções e riscos, e muitos não estão preparados para isso. A gente vai aprendendo na marra, no dia a dia, com a prática e com muita garra e força de vontade! Mas o que te motiva? O que te fez empreender? Eu sou jornalista, comunicóloga por formação, tenho mais de vinte anos de experiência com comunicação corporativa e eventos. Me tornei uma especialista em criar conexões, cheguei no empreendedorismo por necessidade e fiquei por vontade. O que me motiva? O sorriso dos meus filhos.

Assim como grande parte das mulheres da minha geração, os millennials (mais precisamente xennials, mas isso já é papo para uma próxima coluna), a maternidade me afastou do mundo corporativo. Quando engravidei do meu primogênito, estava em uma grande empresa nacional, em crescimento no país, com ótimos benefícios. Uma empresa privada com a qual colaborei em grandes projetos e fui bastante elogiada, mas uma empresa cartesiana e com certas visões machistas, confirmadas com cada mulher demitida após terminada sua garantia de emprego, pós licença maternidade. E, assim, com um filho de pouco mais de um ano de idade, parti para o ‘trabalho por conta própria’, do qual não saí mais.

Logo no início da vida a gente aprende que para realizar sonhos a gente tem que ter independência financeira e para isso temos que trabalhar. Anota uma frase aí no seu caderninho: só quem GANHA dinheiro é quem ganha na loteria ou recebe uma herança, A GENTE FAZ DINHEIRO. Esse é um dos nossos superpoderes! Para viver neste mundo, precisamos ter dinheiro para tudo, então, CADA UM DE NÓS é uma máquina de fazer dinheiro. E a gente precisa ter isso em mente e buscar motivação diária para tal. Precisamos gostar do que fazemos para fazer melhor. Quem entrega um trabalho mediano, recebe de forma mediana. É a lei do retorno.

O seu negócio precisa ser baseado em algo que te preencha para que você tenha prazer em fazer, sinta vontade de acordar, levantar da cama, arregaçar as mangas e ir. Num trabalho formal, regido pelas leis trabalhistas, o salário certo no fim do mês já é considerado um motivo para isso. Mas e quando você trabalha só e tem que dar conta de tudo? Quando é você quem faz os contatos, as vendas, controla o estoque, o financeiro, o marketing, é seu próprio estagiário, seu próprio chefe… e ainda tem que dar conta dos filhos e da casa? Só de pensar, a gente já cansa, não é verdade? Então, o que te motiva? O que te traz alegria? O que fará você servir melhor, semear melhor para colher mais?

Eu respondo: o seu propósito!

Quando temos clareza do nosso propósito, do ‘porque estamos fazendo o que estamos fazendo’, fica tudo mais fácil. A gente passa a fazer escolhas mais felizes e bem-sucedidas. A gente passa a brilhar mais. O nosso negócio é parte da nossa vida e não nossa vida inteira, mas é a parte que vai nos ajudar a concretizar os sonhos. Então, os propósitos precisam estar alinhados. E a gente precisa ter constância, precisa ser genuíno, precisa ser verdadeiro para ser leve. A sinceridade, com nós mesmos e com o outro, é o que vai nos mostrar que sorte não existe, é o resultado do encontro do preparo com a oportunidade.

Alcançar o ‘impossível’ no empreendedorismo está nas suas mãos! Boa reflexão, bom trabalho e até a próxima.

Artigo produzido por Flávia Garcia, para a Revista Digital Nossa Casa Digital. Publicado em janeiro de 2022.

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